As normas de produção desempenham um papel fundamental no ambiente de trabalho, orientando o trabalhador em suas tarefas e estabelecendo diretrizes para alcançar os objetivos desejados. Essas normas abrangem desde o horário de trabalho e as pausas até a qualidade do produto final, incluindo o uso obrigatório de mobiliário e equipamentos adequados.
A descrição clara e precisa das normas de produção é essencial para compreender as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, pois muitas vezes revelam contradições entre as exigências da tarefa. Por exemplo, as demandas de produção podem entrar em conflito com as de qualidade ou segurança. Uma telefonista precisa atender rapidamente os clientes, ao mesmo tempo em que deve ser cortês, educada e nunca interromper a ligação sem permissão. Lidar com normas contraditórias é uma fonte comum de sofrimento para os trabalhadores, pois ao atender a uma delas, acabam infringindo a outra.
É comum observar que, em busca de atingir metas de produção, os trabalhadores deixam de cumprir normas de segurança, priorizando a produção em detrimento do cuidado com a segurança. Infelizmente, essa transgressão muitas vezes é vista como algo normal e até mesmo desejável, até que ocorra um acidente. Nesse momento, a causa é atribuída ao chamado “ato inseguro”, colocando a responsabilidade no trabalhador que conscientemente deixou de cumprir as regras de segurança. No entanto, é importante questionar por que essa transgressão ocorreu.
É essencial que as normas de produção sejam consistentes entre si, promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável, sem contradições. A falta de normas claras pode causar ansiedade no trabalhador, que precisa encontrar maneiras de cumprir os objetivos da tarefa. Os sistemas de gestão modernos, focados em metas de produção, muitas vezes sobrecarregam o trabalhador, prejudicando sua saúde e bem-estar.
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