Um checklist é muito utilizado para avaliar se todas as etapas de um determinado processo foram realizadas corretamente, mas, seu uso na ergonomia pode levar a conclusões equivocadas e perigosas.
O principal problema do uso de um checklist em um estudo ergonômico é que ele se baseia em observações superficiais e padronizadas, sem levar em consideração as particularidades do ambiente de trabalho e dos trabalhadores. Além disso, um checklist pode ser influenciado por fatores subjetivos, como a opinião do avaliador e a pressão para que o trabalho seja concluído rapidamente.
Ao utilizar um checklist como fonte de conclusão de um estudo ergonômico, corre-se o risco de não identificar os problemas reais e de propor soluções inadequadas. Por exemplo, um checklist pode apontar que os trabalhadores têm acesso a equipamentos de proteção individual, mas não levar em consideração se esses equipamentos são confortáveis e adequados para o tipo de trabalho que está sendo realizado.
Outro problema do uso de um checklist em um estudo ergonômico é que ele pode levar a uma falsa sensação de segurança. Ao concluir que todos os itens da lista foram verificados e que não há problemas a serem resolvidos, os avaliadores podem subestimar os riscos e deixar de adotar medidas preventivas. Isso pode resultar em acidentes, lesões e doenças ocupacionais, além de afetar a produtividade e a qualidade do trabalho.
O uso de um checklist na ergonomia pode desconsiderar a participação dos trabalhadores no processo de melhoria das condições de trabalho, e por isso, é importante utilizar métodos mais abrangentes e participativos em um estudo ergonômico, considerando não apenas as etapas da tarefa, mas também as características do ambiente e dos trabalhadores, suas habilidades e limitações físicas e cognitivas, além de suas expectativas e necessidades.
Vai aqui na minha bio do Instagram @tiagomarchese e dá uma olhada nos cursos, treinamentos e mentorias que ofereço para transformar você em um Fisioterapeuta fora da curva.